sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Rosa e Berde

portanto ............
os rosas perderam..........
e os do clube dos "reis",
tambem.
5 a 2
ef a 1
bíba o PORTO

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

de um benfas(director do porto canal)

Apesar de estarmos num blog do Benfica, não me parece nada estranho que falemos do nosso principal adversário dos últimos anos.
Aliás, estou em crer que é a dificuldade em perceber qual a relação que o Benfica deve ter com o FC Porto que nos tem levado a tantos equívocos e dissabores.
Acho, igualmente, positivo clarificar, desde já, que tenho um grande respeito pelo FC Porto e que muitos dos meus melhores amigos são portistas, o que até é natural atendendo a que eu vivo na cidade do Porto.
Não me parece que seja possível compreender o que é actualmente o FC Porto sem fazer um retrato da realidade social vivida na cidade do Porto e na Região Norte de Portugal.
Se olharmos para o Índice de Poder de Compra (IPC) verificamos que, sendo a média de Portugal 100, o Índice de Poder de Compra na Região de Lisboa e Vale do Tejo é de 149 e o do Norte é de 83.
Lisboa é, de facto, o local de Portugal onde o poder de compra é mais elevado, situando-se, claramente, acima da média do País, enquanto no Norte o poder de compra é apenas 55% do de Lisboa (praticamente metade) e situa-se muito abaixo da média nacional.
Se, por outro lado, olharmos para os dados de desemprego do final de 2007, verificamos que a Taxa de Desemprego em Portugal se situava nos 7.9%, enquanto no Norte atingia 9.5%, sendo a zona do País mais afectada por este flagelo.
Apesar de alguma recuperação em 2008, é previsível que o Norte seja atingido com violência pela actual crise devido às características exportadoras de muitas das suas empresas, numa altura em que os principais mercados (Estados Unidos, Espanha, Alemanha, etc.) estão em clara recessão.
Pode-se, ainda, constatar que as oportunidades de emprego nas multinacionais, na Administração Pública e na área dos serviços estão quase todas em Lisboa. Assim, o Porto vê constantemente os seus jovens irem viver para a capital ou para o estrangeiro.
Mas não é preciso olhar muito para os números para se perceber a difícil situação que o Porto e o Norte do País atravessam.
A cidade do Porto assistiu, nos últimos anos, a uma confrangedora perda de importância no contexto nacional.
Tomemos, por exemplo, o caso dos bancos. Várias instituições financeiras que tinham sede no Porto, transferiram o seu centro de decisão para Lisboa, de uma forma formal ou informal. O BPA, BCP e até o BPI são casos disso.
Ao nível da Comunicação Social o panorama também tem sido deprimente, tendo fechado um título emblemático como “O Comércio do Porto” e com “O Primeiro de Janeiro” reduzido a quase nada. Mesmo o grande jornal da região, o “JN”, está longe de ser o jornal do Porto como era no passado.
O Porto é humilhado e mal tratado quase diariamente. Por exemplo, o aeroporto do Porto é controlado por Lisboa e agora até a gestão do Metro do Porto foi assumida pelo governo e retirada às instituições locais, apesar do Metro ser considerado um caso de enorme sucesso.
Em largas franjas da população do Porto há o sentimento que a capital portuguesa é centralista, egoísta e pouco solidária com o resto do País.
Pode-se dizer, sem exageros, que o Norte de Portugal e a cidade do Porto em particular, vivem uma das situações mais difíceis da sua história, onde a pobreza, a falta de perspectivas de futuro e a sensação de abandono predominam.
Provavelmente muitos dos que estão a ler o que escrevo, e muitos são de Lisboa, não acreditam em mim ou acham que estou a exagerar.
Infelizmente não estou. A situação é ainda pior do que aquela que eu consigo transmitir.
É importante que se diga que eu não tenho nada contra Lisboa. É uma cidade de que eu muito gosto, da qual me orgulho (em especial do Estádio da Luz) e onde tenho diversos amigos.
Isso não me impede de constatar que já há vários anos os nossos políticos optaram deliberadamente por concentrar toda a riqueza e quase todo o investimento em Lisboa na tentativa de criar uma cidade que fosse capaz de competir com as principais metrópoles europeias e designadamente com Madrid e Barcelona.
No entanto, esse modelo adoptado, que existe na prática, mas não é comunicado formalmente às pessoas, tem graves consequências, quer para o resto do País quer para a própria cidade de Lisboa, que também sofre com essa opção, uma vez que esta acarreta enormes inconvenientes, desde problemas sociais, de exclusão, de violência, de criminalidade, de mobilidade e muitos outros.
É neste contexto de grave crise no Norte do País e de profundo desânimo, que temos que olhar para o FC Porto e para as suas vitórias.
É que o FC Porto tornou-se a alegria e a esperança de muita gente.
Eu acho ridícula a falta de noção que existe relativamente à estratégia para derrotar o FC Porto.
Eu dou um exemplo: muitos acham que agridem ou diminuem o FC Porto chamando-o “Clube Regional”. Acham esses que assim insultam ou ridicularizam o Porto. Nada de mais errado.
O Porto é de facto um clube regional. Mas o Porto quer ser um clube regional. Está nos genes do Porto ser um clube regional. É isso que dá força ao Porto. Olhemos para o Barcelona. Não é o Barcelona um clube regional? E isso diminui o Barcelona?
Quanto mais chamarem ao FC Porto “Clube Regional”, mais forte estão a torná-lo, mais estão a unir os jogadores, os adeptos, mais o Porto se torna bandeira da Região Norte.
É por isso, e muitos não o entendem, que é difícil ser-se benfiquista hoje na cidade do Porto. É que o FC Porto é usado por muitos como um instrumento numa pretensa guerra Norte-Sul.
É por não me identificar com essa guerra, e muito menos com a utilização do futebol para esses fins, que me sinto muito confortável de gostar tanto do Benfica, mesmo vivendo no Porto, ainda que isso me traga às vezes alguns dissabores. E, efectivamente, traz.
O Benfica é, de facto, um clube diferente, um clube com uma implantação mundial e com uma dimensão muito superior à do FC Porto.
Mas no Benfica, essa dimensão e essa grandeza em nada têm contribuído nos últimos anos para as vitórias. É que tem faltado humildade e respeito pelos outros para transformar essa força em resultados desportivos.
O Benfica, pura e simplesmente não tem sabido reagir aos sucessos do FC Porto e ao presidente que o Porto tem.
E já agora que falamos do presidente do FC Porto, parece-me importante perceber o que é o Porto antes e depois de Pinto da Costa.
Pinto da Costa assume a presidência do Porto em 1982. Nessa altura o Porto tinha no seu palmarés 7 campeonatos, 4 Taças de Portugal, 2 Supertaças e nenhum título europeu, nem sequer uma final.
Durante os mandatos de Pinto da Costa como presidente, o Porto ganhou 16 campeonatos, 9 Taças de Portugal, 13 Supertaças, foi 2 vezes Campeão Europeu, ganhou 2 Taças Intercontinentais, 1 Taça UEFA, 1 Supertaça Europeia e isto para falar apenas de futebol.
Pinto da Costa ganhou 70% dos campeonatos que o FC Porto conquistou ao longo do seu historial, 69% das Taças de Portugal, 87% das Supertaças e 100% dos títulos europeus que o seu clube venceu.
O actual presidente do FC Porto conseguiu que o Porto ultrapassasse o Sporting no ranking de títulos conquistados a nível interno e tornou o Porto o clube português com mais títulos internacionais ganhos.
Desde que Pinto da Costa é presidente, o Porto ganhou 16 campeonatos enquanto os restantes clubes todos juntos ganharam 11. Mas o pior de tudo é que esse domínio tem-se vindo a acentuar. O Porto que nunca tinha ganho sequer 1 tricampeonato, chegou a um penta e nos últimos 6 anos ganhou 5 campeonatos, sendo actualmente, tricampeão.
Falo das vitórias do Porto com a frieza dos números e com a tristeza de ver ano após ano a total incapacidade do Benfica em reagir de uma forma enérgica a este cenário.
Uma das coisas que na realidade mais me choca é o facto do Benfica ter demonstrado uma total inépcia para lidar com Pinto da Costa ao longo de todos estes anos.
Foi, aliás, o ódio a Pinto da Costa que fez com que os benfiquistas elegessem Vale e Azevedo para presidente do Benfica. Na altura, Vale e Azevedo era apelidado o “Pinto da Costa Vermelho”.

FCPORTO

AINDA BEM QUE SOU PORTISTA.
(portuense)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

dos países a sério.........

só as gaybótas(benfas),
ainda não perdeu.(+ 5 equipas europeias)
tá cérto

O poder está na ponta da espingarda

Ao contrário do presidente da Comissão Europeia e do guru da direita portuguesa bem pensante (qualificativo que acho assenta muito bem ao Zé Pacheco Pereira) nunca fui maoista, que não me inibiu de arranjar uam edição de Pequim do Livrinho Vermelho, belíssimo objecto que consulto de vez em quando.

Mao foi um ditador sanguinário e um refinado estupor, mas agrada-me a simplicidade pragmática dos seus pensamentos, que mergulha as raízes na escola da desarmante sabedoria chinesa fundada por Confúncio.

Uma frase de Mao – “O poder está na ponta da espingarda” - , veio-me à cabeça esta semana à medida que subia a minha indignação com os resultados de uma pesquisa estatística motivada pela divulgação da notícia de que o Norte foi a segunda região europeia onde se registaram mais despedimentos colectivos no período 2002-07.

O Norte está triste e infeliz e tem todas as razões para isso. É a segunda região do país (a seguir a Lisboa) que mais riqueza gera, mas quando chega a hora de a distribuir surge no último lugar, com um rendimento per capita de apenas 80% da média nacional e 57% da média comunitária.

Não me parece saudável um país em que os salários pagos na capital são 50% superiores ao resto do país - e que o poder de compra em Lisboa (135,5 em permilagem do total nacional) seja o triplo do do Porto (44,01).

Como portuense, fico revoltado ao constatar que, no período 1992-2006, de todos os 308 concelhos do país, o Porto foi o que mais poder de compra perdeu (-2,5%) e que no pódio estejam os três concelhos do eixo Lisboa-Cascais, com Oeiras à cabeça (4,5%).

E a mostarda sobe-me que nariz quando vejo que Lisboa absorve 42,5% do total de crédito concedido pelos bancos. Se juntarmos o Funchal a Lisboa, que ficam com 53,9% do dinheiro emprestado pela banca. O Porto contenta-se com um terceiro lugar (11,9%).

Nós, os três milhões nortenhos, não podemos ficar parados. Enquanto os carteiristas de Lisboa nos metem a mão no bolso, o desemprego não pára de crescer (em 2007, o Norte ultrapassou pela primeira vez o Alentejo e tornou-se a região com maior taxa de desemprego) e a riqueza não pára de de diminuir (no início dos anos 90, o IRS per capita no Porto era metade do de Lisboa; dez anos depois era apenas 25%).

O grave é que o Governo continua a adiar a Regionalização e apenas contribui para alargar este fosso, como o prova o facto de em 2009, o Norte ir receber segundo valor mais baixo (226 euros per capita), contra 382 euros da média nacional) do plano de investimentos da administração pública (Piddac).

É tempo de dar um murro na mesa e declarar guerra ao centralismo ladrão. De aprendermos com Mao que o poder está na ponta da espingarda – ninguém dá nada a ninguém, se o puder evitar. De aprendermos com João Jardim, que, usando os cotovelos, fez da Madeira a segunda região mais rica do país, com um rendimento 25% superior à média nacional.

Para começar, a AEP devia reconverter a campanha Compre Português por uma campanha Compre Nortenho. E como o Governo é surdo a vozes que não venham da rua e se exprimam na primeira metade dos telejornais, ganhávamos em boicotar a visita ao Norte de governantes, enquanto não for dado um sinal claro de que o roubo vai acabar. Eu estou pronto a atirar o primeiro ovo podre.

Jorge Fiel
(no bussola)