quarta-feira, 20 de outubro de 2010

de um parolo benfas a falar a sério.

eles são parolos.
Já sabemos.
Mas quando lhes foge a boca para a verdade,
é isto.

No liceu, sempre me esforcei por tocar nos intocáveis, o que pode ser lido em vários sentidos, quase nenhum deles agradável. No meu caso, os intocáveis eram aquelas figuras santas (andei em colégio católico), iluminadas e imaculadas que peroravam sobre tudo e mais umas botas sem que ninguém as pusesse em sentido. Verdade seja dita, nem sempre fui bem-sucedido. Mas, ao menos, tentei. E tentei de tal modo que acabei por me viciar. Quando cheguei à Universidade, aprimorei as minhas capacidades e, depois de algum tempo em Bruge, lancei mão de todas elas. Não porque me agradasse particularmente o ambiente, mas exactamente porque o ambiente não me agradava muito. Os cagões e os mariquinhas é que viram as costas e eu, ao contrário dos estudantes franceses que lutam contra o aumento da idade de reforma quando nem sequer é certo que arranjem um emprego com a idade actual, gosto de me travar de razões com pessoas desmerecedoras em assuntos merecedores. Por isso é que não sou capaz de ficar calado depois do jogo de hoje. Antes de qualquer outra coisa, permitam-me um desabafo: espero que o senhor Sarkozy obrigue aqueles baldes de merda a irem do trabalho directamente para a cova. Dito isto, é fundamental sublinhar que o Benfica, hoje, foi RIDÍCULO. Que considerar Aimar um grande jogador é insultar grandes jogadores como o Rui Costa. No campeonato português é fácil, ó Pablo, mas também te pagamos para jogares - e o verbo basta - na Champions. E que substituir Aimar por Jara é relembrar a metáfora que Mourinho utilizou para falar de Jesualdo, com a diferença de que aqui não estamos na presença de um burro, mas de um micróbio. Não é que o Lyon não jogue bem, que joga, sobretudo quando parece estar sozinho em campo. Mas o jogo de hoje foi o continuar a cavar depois de se ter batido no fundo berlinense. E não me lixem: esta época, pré-época, o-raio-que-vos-parta-época foi mal planeada, mal estruturada e, sobretudo, mal compensada. Certo, é difícil substituir Ramires, mas, porra, não há nenhum lateral-direito no globo todo que possa substituir o Maxi com qualidade de vez em quando? E não existe em região alguma da Europa um perneta que possa encostar o César Peixoto? E agora pergunto eu, com palavrão e tudo: mandámos o Urreta embora porquê, caralho?! Para irmos buscar o Salvio, que, nas palavras do treinador, ainda tem muito que aprender? Ou terá sido para dar 8.5 milhões pelo Gaitan, que hoje mal pôs os cotos em campo? Venham de lá essas respostas, ó sabichões, mas, de preferência, sem as costumeiras lições de moral. É que eu não apoio gajos que não são capazes de se apoiar a si próprios.

E íamos nós ser campeões da Europa! Só se fosse na categoria das figuras tristes.

Prontos

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